Dia mundial da luta contra o câncer é lembrado dia 04. No dia seguinte, o Dia Nacional da Mamografia alerta as mulheres para a importância do diagnóstico precoce da doença.
No dia 4 de fevereiro de 2006, foi instituído o Dia Mundial do Câncer, pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC), uma organização internacional não-governamental, situada em Genebra (Suíça), com mais de 300 membros dedicados à prevenção e controle global do câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, estima que se não houver nenhuma intervenção, haverá cerca de 12 milhões de mortes por câncer até 2030 no mundo.
O objetivo da data é enfatizar que 40% dos cânceres podem ser prevenidos adotando uma vida mais saudável. Proporcionar um ambiente livre de tabaco, praticar atividades físicas, manter uma dieta equilibrada e evitar exposição excessiva ao sol são os primeiros passos, cientificamente chamados de prevenção primária.
Entre as mulheres, o tipo da doença que mais faz vítimas é o câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2012 foram diagnosticados aproximadamente 52 mil casos e as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, pelo diagnóstico tardio. O exame clinico, seguido da mamografia, quando necessária, são os principais métodos-diagnósticos para a detecção precoce do câncer de mama, uma das principais aliadas para a possível cura da doença.
O que é a mamografia?
A mamografia é um exame que utiliza radiação para revelar alterações nas mamas. Para detectar nódulos e possíveis tumores, exige uma compressão suportável das mamas, e é parte de um conjunto de ações que auxiliam a diagnosticar precocemente o câncer de mama, tipo que mais mata as mulheres no Brasil.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomenda que o exame seja realizado pelo menos de dois em dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos. Quando há histórico de câncer em mães ou irmãs, é recomendado um acompanhamento a partir dos 35 anos. Mas os especialistas podem indicar o exame quando acharem necessário.
Em casos de mulheres mais jovens, o tecido das mamas é denso e a mamografia não obtém resultados nítidos, pois a glândula fica opaca e nesse caso o ultrassom é mais indicado. Quando há a presença de implantes mamários, são recomendados os dois exames, pois as próteses não permitem a compressão correta das mamas, e o ultrassom ajuda na análise dos resultados.
Do momento em que o tumor se inicia até que atinja cerca de 1 cm e se torne perceptível transcorrem aproximadamente 10 anos. Esse período é conhecido como fase pré-clínica da doença. Nesta fase, a mamografia de rotina é essencial para detecção desse tumor em formação, para que o tratamento possa começar o mais cedo possível, aumentando as chances de cura.