O esôfago é o tubo que liga a garganta ao estômago. O câncer que acomete esse órgão está entre os 10 mais incidentes no Brasil, sendo o 6º entre os homens e 9º entre as mulheres. Em 2012, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que surgirão 10.420 novos casos da doença no País.
O câncer de esôfago não apresenta sintomas em sua fase inicial, mas com o desenvolvimento da doença alguns sinais são bem característicos, como a dificuldade ou dor ao engolir, dor atrás do osso do meio do peito, dor torácica, sensação de que o alimento não pode ser engolido, náuseas, vômitos e perda do apetite.
A dificuldade real de engolir, conhecida como disfagia, é um sintoma de estágio avançado do câncer de esôfago. Ela pode evoluir de alimentos sólidos para alimentos pastosos e até líquidos e pode acarretar em perda de até 10% do peso corporal do paciente.
Prevenção – Adotar uma dieta rica em frutas e legumes, evitar bebidas muito quentes, alimentos defumados, bebidas alcoólicas e não fumar são as dicas para prevenir o câncer esofágico.
Se já existem quadros de acalasia, tilose, refluxo gastroesofágico, síndrome de Plummer-Vinson e esôfago de Barrett, é necessário fazer o acompanhamento médico regularmente. Essas doenças aumentam o risco do desenvolvimento do câncer de esôfago.
O câncer de esôfago é uma doença muito agressiva, pois o esôfago não possui membrana, o que permite que as células cancerosas se espalhem pelas estruturas vizinhas ao órgão, para os gânglios linfáticos e gere metástases com grande frequência.
Diagnótico e tratamento – A detecção do câncer de esôfago é feita através da endoscopia digestiva, de estudos das células e de métodos com colorações especiais. Em alguns casos que já apresentam a disfagia, é necessária a biópsia da área afetada. Quando detectado precocemente, as chances de cura atingem 98%.
O tratamento mais adequado só pode ser indicado pelo médico que acompanha o caso e vai ser determinado pela extensão ou evolução do câncer, mas, na maioria dos casos, a cirurgia é viável. Dependendo da extensão da doença, o tratamento pode ser unicamente paliativo e feito com Quimioterapia e/ou Radioterapia.